Capítulo 9 

-Clube Boate. 

Era um clube privado renomado em São Siena, um paraíso para os ricos, onde qualquer homem pego ao acaso poderia ser uma figura proeminente de São Siena. 

Era a primeira vez de Flavia ali, e seu vestuário simples destoava completamente do das outras pessoas presentes. 

No camarote, havia muitas pessoas, 

incluindo Bianca. 

Ela estava relaxada, com as mãos atrás da cabeça, e sua postura era mais desleixada do que a de alguns homens presentes. 

“Sérgio, você me chamou aqui só para o Presidente Duarte me repreender?” 

Bianca falou, lançando um olhar para Thales e para Rosana, ao seu lado. 

Thales estava apoiado no sofá, sem expressão, com as pernas cruzadas. A luz fraca incidia apenas sobre seu peito, e seu rosto estava nas sombras, o que o fazia parecer misterioso e impenetrável. 

Sérgio Tavares franzia a testa e falava em voz baixa, “Por que você não pede desculpas à Srta. Coelho? Acaba com isso se você faze isso.” 

Bianca deu uma risada fria: “Quem ela pensa que é para receber um pedido de desculpas meu?” 

“Bianca, não complica as coisas!” 

Todos sabiam que Rosana era o xodó de Thales, e Bianca estava realmente flertando com o perigo ao provocá–la assim. 

“Eu não estou complicando. Só não gosto dela e bati nela, e daí? Ei, Sérgio, você come caldo de galinha e não vejo você pedindo desculpas às galinhas, né?” 

Ao ouvir isso, o rosto de Rosana ficou verde de raiva, e ela se levantou rapidamente, mas devido à dor nos pés, sentou–se novamente. 

“Não exagere! Thales nem tinha se casado com aquela muda quando fivava com Thales!” 

Bianca a olhou de lado, e, de repente, sentou–se ereta, sorrindo ironicamente: “Se for por isso, eles viveram juntos por mais de uma década. Onde você estava nessa ероса?” 

“Mas isso não é a mesma coisa! Ela era apenas uma órfã, a família Duarte teve pena dela e a deixou…” 

“Bang-” 

Rosana não terminou sua frase quando o copo de Thales caiu na mesa com tanta força que se partiu em pedaços, espalhando o líquido pelo balcão. 

Thales se inclinou para frente, revelando seu rosto severo à luz, e olhou para Bianca com um olhar sombrio: “Peça desculpas.” 

Bianca levantou uma sobrancelha e murmurou duas palavras, “Não vou.” 

Daniel falou timidamente: “Thales, é necessário tanta raiva? Somos amigos há tanto tempo.” 

Ele não ousou dizer que não valia a pena se aborrecer tanto por uma mulher. 

Thales lhe lançou um olhar, e Daniel rapidamente se calou, recuando para seu canto. 

Sérgio tinha um semblante preocupado e suspirou, “Eu peço desculpas por ela, você conhece o temperamento da Bianca, pedir para ela se desculpar é mais difícil que matá–la.” 

Afinal, ele era o irmão de Bianca. 

Thales pegou alguns guardanapos, recostou–se e voltou para as sombras. Ele limpava os dedos calmamente e falou despreocupadamente, “Você vai pedir desculpas por ela? Tudo bem, então termine de beber todo o álcool da mesa.” 

Sérgio hesitou por um momento, mas então concordou com um aceno de cabeça: “Certo.” 

Bianca se levantou rapidamente, “Você tá louco? Pedir desculpas por essa mulher, ela merece?” 

“Cala a boca!” Sérgio a repreendeu com um olhar e sinalizou para ela parar de causar mais problemas, antes de pegar uma garrafa de álcool da mesa. 

Bianca correu até ele, arrancou a garrafa de suas mãos e a jogou no chão, onde se estilhaçou com um barulho ensurdecedor. 

“Beber o quê! Fui eu quem bateu nela, o que isso tem a ver com você? Se tem coragem, venha para cima de mim. Thales, vai, se tem coragem de me matar hoje!” Assim que ela terminou de falar, vários seguranças robustos invadiram o camarote, bloqueando a saída. 

A expressão de Sérgio mudou, ele estava prestes a falar quando Bianca segurou seu pulso. 

Bianca olhou para Thales, “Ah, Thales, você é tão capaz, negligencia sua própria esposa, mas trata essa mulher como um tesouro, eu realmente desprezo você.” Thales a observava calmamente, sem dizer uma palavra. 

“Thales, você… enlouqueceu?” Sérgio queria dizer algo, mas não sabia o que dizer. 

Parecia que ele realmente amava Rosana até os ossos, ao ponto de, por ela, ignorar tantos anos de amizade. 

Ele tinha enlouquecido. 

Bianca também sabia que Thales estava falando sério, ela viu o rosto em apuros de seu irmão mais velho, sabia que ele não queria ser inimigo de Thales, mas também não queria que ela sofresse, então, no final, o sofrimento ainda recairia sobre ele mesmo. 

Ela não poderia superar um guarda–costas tão bem treinado. 

Bianca apertou os dedos, respirou fundo e então se abaixou para pegar uma garrafa de vinho. 

Tudo bem, é só um pedido de desculpas, não é necessário que o Presidente Duarte se envolva. Eu dei um tapa nela, agora vou devolver em dobro, para que a Srta. Coelho se sinta vingada.” 

Dizendo isso, ela pegou a garrafa de vinho e a bateu na própria cabeça. 

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