Capítulo 516 

O motorista deu uma olhada na criança que ela segurava nos braços, com um pano enrolado na testa que deixava transparecer o sangue vivo, claramente ferida. 

E atrás dela, seguia um senhor de meia–idade e três crianças. 

Ao todo, eram seis pessoas. 

O motorista não abriu a porta, e apesar de sentir pena deles, não podia os levar. 

Disse o motorista: “Acabaram de me ligar, estão fazendo uma inspeção surpresa adiante, e tão fiscalizando caros. Com vocês seis, eu não tenho como levar, é melhor esperarem o Ônibus.” 

Terminando de falar, o motorista partiu. 

“Ei…” Olivia gritou para o táxi que se afastava, impotente ao ver o veículo se distanciar. 

Ela respirava rápido, ansiosa, e as lágrimas não paravam de cair. 

Iria não aguentava a dor e continuava chorando sem parar

Cada soluço puxava o coração de Olivia, trazendo uma angústia desesperadora e uma dor dilacerante. 

Seria obra do Daniel aquela inspeção de caros? 

Mas Iria estava gravemente ferida e não podia esperar. 

Uma camionete vinha se aproximando, com seus faróis brilhantes. 

Olivia acenou rapidamente, tentando desesperadamente parar o veículo. 

A camionete era particular e não levava passageiros. Mas o dono do veículo era uma pessoal bondosa. 

Ao ver alguém acenando, principalmente com uma criança nos braços que parecia não estar bem, ele parou. 

Olivia correu até ele, com a voz embargada, e disse ao motorista: “Moço, minha filha se machucou e a cabeça dela está sangrando, por favor, você poderia nos levar ao hospital? Imploro.” 

“Moço, por favor, minha neta ainda é tão pequena…” Teresa se aproximou, suplicante e com lágrimas caindo sem parar. 

Embora normalmente ela fosse muito critica com Olivia, dizendo que ela era uma deceção e ainda reclamando dela ter engravidado antes do casamento, dando a ela o trabalho de cuidar de quatro crianças, 

essas eram suas netas, que ela ajudou a criar. 

Capitulo 516 

O amor pelas crianças não era menor que o de Olivia. 

Vendo Iria tão machucada fez o coração dela apertado de dor

“Tudo bem, subam logo.” O motorista era um jovem, na casa dos vinte anos, que também tinha uma filha. Ele passava o dia fora, sempre com a filha na mente. 

Toda vez que voltava para casa, a menina corria para ele com alegria, o chamando de papai com sua vozinha doce. Não importava o quão cansado estivesse, essa vozinha o aliviava. 

A filha dele era o motivo e a força por detrás de seus esforços. 

“Obrigada, muito obrigada“, disse Olivia, grata, enquanto subia no carro com Iria. 

Teresa entrou com os outros três filhos. 

A caminhonete acelerou em direção ao hospital. 

Olivia pensou no que o taxista havia falado, sobre a fiscalização na portagem. 

Ela ficou inquieta. 

Logo chegaram a portagem, onde policiais rodoviários estavam postados. 

Todos os veículos estavam sendo inspecionados. 

Olivia apertou mais forte a mão de Iria. 

E então, chegou a vez da caminhonete ser parado pelos policiais. 

Olivia ficou pálida. 

Dois policiais se aproximaram para inspecionar o interior do veículo. 

O coração de Olivia bateu forte. 

Os policiais olharam e viram duas mulheres, uma criança com um pano na cabeça, todo ensanguentado, e ela não parava de chorar. 

Era óbvio que estava machucada. 

Com o rosto carregado de preocupação, Teresa falou: “Senhor policial, minha neta estava brincando e acabou machucando a cabeça. Estamos desesperados para chegar ao hospital, tem como agilizar para a gente, por favor?” 

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