Capítulo 10 

Solange acenou e disse

Dizem que o problema é sério. 

Ah, então vá cuidar disso. Durval disse indiferentemente. 

– 

Solange continuou acenando: 

Então eu vou. Até mais, chefe. – Dizendo isso, Solange saiu correndo porta afora como se estivesse fugindo. 

Durval sorriu, preparou um café da manhã simples para si mesmo e foi passear no parque central do condomínio. 

No parque, ele encontrou um local deserto, respirou profundamente duas vezes e então começou a praticar uma série de movimentos de luta. 

Não poderia exatamente ser chamado de uma técnica de luta, eram apenas uma dúzia de movimentos. 

Esses movimentos, cada um deles esticava e torcia o corpo de maneiras inimagináveis, desafiando os limites humanos. 

Ele combinou esses doze movimentos em uma técnica extraordinária que era incessante e infinitamente variável. 

Meia hora depois, Durval estava suado, mas sentia–se incrivelmente leve e relaxado. 

Com o suor ainda na testa, Durval decidiu voltar para casa, tomar um banho e continuar com sua “cultivação“. 

Assim que chegou à saída do parque, viu duas pessoas passando com presentes. Ambos também o viram e se aproximaram imediatamente. 

Você saiu da família Silva e agora está morando no parque? – Lorena disse com desprezo. 

Murilo, ao lado dela, também abanou a cabeça com um semblante arrogante: 

– Seja lá como for, você não pode se reduzir a um mendigo. Mas pelo menos você escolheu um bom bairro, então tem alguma inteligência. 

Durval sorriu e respondeu: 

Vocês têm uma imaginação bastante fértil. 

Não é verdade? – Lorena resmungou. Com sua preguiça, o que mais você poderia fazer senão mendigar? 

Não se preocupe, não vamos pedir para a segurança te expulsar. Mas tente encontrar algo para fazer, ou você realmente se tornará inútil. – Murilo falou com seriedade. 

Durval olhou para os dois e disse calmamente

Vocês dois estão tão livres, mesmo prestes a se casarem? 

– 

Claro que estamos ocupados. – Lorena olhou de lado. Temos alguns amigos aqui que são muito influentes, viemos para entregar os convites de casamento. 

– Então, não vou incomodar. Continuem. – Durval se virou para sair. 

Mas Murilo o chamou: 

Lembre–se de comparecer ao casamento. Afinal, você e Lorena já foram casados, você deveria testemunhar a felicidade dela. 

Eu irei. 

Durval se afastou sem olhar para trás. 

Os dois trocaram olhares e sorriram, balançando a cabeça. 

Nesse momento, Jane chegou com seu avô e seguranças. Ela havia visto tudo que 

aconteceu. 

Ela disse ao guarda–costas: 

– Vá treinar com meu avô primeiro, eu vou logo atrás. 

O guarda–costas assentiu e, ajudando Emanuel, adentrou o parque, enquanto Jane rapidamente alcançou Murilo e Lorena. 

Posso perguntar se vocês conhecem aquele homem com quem estavam conversando? – Jane indagou. 

Eles olharam para trás, reconhecendo Jane. Sabiam que os residentes do bairro eram todos pessoas ricas ou influentes, então não ousaram negligenciá–la. 

Lorena respondeu prontamente: 

– Sim, o conhecemos. O que você gostaria de saber? 

– 

Meu nome é Jane. Estou curiosa sobre o que aquele homem faz. Vocês poderiam me contar? – Disse Jane. 

Ao ouvir isso, Lorena hesitou por um momento: 

Ele é meu ex–marido. Vagabundeou em minha casa por três anos. Nós acabamos de nos divorciar. 

Sejam cautelosos, ele não deve ter boas intenções vindo aqui. Quando alguém fica desesperado, é capaz de fazer qualquer coisa. Murilo avisou com seriedade. Jane acenou lentamente: 

Entendi, obrigada. 

Após dizer isso, ela se dirigiu ao parque. 

“Exatamente como eu suspeitava. Esse sujeito está se aproximando da nossa família Rios com uma intenção específica. O que ele pode fazer, afinal? Assim que meu pai voltar, vou expor sua verdadeira face. Não posso permitir que meu avô seja enganado novamente.” 

Durval, por sua vez, voltou para casa, tomou um banho e começou sua cultivação. Já no crepúsculo, a campainha tocou. 

Ele se levantou para atender a porta e encontrou Emanuel sozinho, segurando uma garrafa de vinho. 

Sr. Emanuel, por favor, entre. – Convidou Durval. 

Ambos se acomodaram, e Durval serviu uma xícara de chá. 

Emanuel falou, emocionado: 

– 

É incrível. Desde que você me tratou naquele dia, e depois eu pratiquei o método que você me ensinou, sinto como se tivesse voltado a viver. Parece que ainda 

posso gastar mais alguns anos da minha vida inutilmente. » 

Você já teve uma vida brilhante, Sr. Emanuel. Aproveite o que resta dela. 

Estavam conversando quando Solange chegou do trabalho e viu que havia um visitante

Emanuel saudou educadamente. Durval pediu: 

– Solange, você poderia preparar alguns pratos? Acho que o Sr. Emanuel gostaria de beber um pouco comigo. 

Solange assentiu repetidamente e foi direto para a cozinha ainda em suas roupas de trabalho. 

Em pouco tempo, Solange trouxe quatro pratos. Embora fossem comuns, eram saborosos e bem apresentados. 

Ela arrumou os utensílios de mesa, pegou as taças de vinho e começou a servir os 

dois homens. 

Emanuel, que por muito tempo não bebia, estava visivelmente alegre, brindando 

constantemente com Durval. 

Embora o corpo de Emanuel ainda não estivesse totalmente recuperado, agora que cie havia praticado o método de Durval, um pouco de álcool não faria mal. Durante as bebidas, Durval pegou um cigarro e olhou para Emanuel. 

Emanuel imediatamente mostrou um brilho nos olhos, e Durval disse, sorrindo: 

Quer um cigarro? 

Claro que quero. 

Emanuel respondeu, rindo alto. 

Durval lhe ofereceu um cigarro e acendeu para ele. Emanuel se deleitou profundamente, dando uma tragada profunda e, alguns segundos depois, soltou uma nuvem densa de fumaça. 

– 

Que delícia, isso sim é viver. – Emanuel declarou, completamente envolvido. 

Durval sorriu e disse: 

Melhor fumar menos. 

Se a vida não tiver prazeres, de que adianta viver dez mil anos? – Emanuel ponderou profundamente. 

Durval apenas assentiu, sem dizer mais nada. 

Nesse momento, a campainha tocou novamente. Solange se levantou para abrir a porta e viu Jane entrar, visivelmente irritada. 

Eu sabia que você estaria aqui, vovô. Você está fumando e bebendo!? 

Jane olhou para os cigarros e bebidas sobre a mesa, completamente atônita. 

Emanuel franziu a testa e disse: 

Por que todo esse alarde? Você não tem um mínimo de educação ao entrar na casa dos outros? 

– 

Ele é um impostor, vovô. – Jane exclamou. – Veja, ele ainda permite que você fume e beba. Você não está consciente do seu estado de saúde? 

– 

— 

Estou perfeitamente consciente. Emanuel retrucou, irritado. Conheço meu corpo melhor do que ninguém. 

Jane perguntou: 

E ainda assim você fuma e bebe? O que o médico disse? 

Emanuel balançou a cabeça e olhou para Durval

Parece que não vou poder mais beber hoje. Vou ficar louco com tantas irritações. – Dito isso, Emanuel se levantou e, ignorando Jane, saiu sozinho. 

Jane olhou para Durval e disse, com raiva: 

Você é um impostor! Para conseguir o que quer, permite que uma pessoa gravemente doente fume e beba. Você é realmente desprezível. 

Durval acendeu outro cigarro, sem lhe dar atenção. 

Ao perceber isso, Jane se virou para Solange e disse: 

Qual é o relacionamento entre vocês? 

Quem é você para que eu tenha que lhe contar? Solange respondeu, sem demonstrar qualquer cortesia. 

Jane disse, friamente: 

Não importa quem seja, fique longe do meu avô daqui para frente. Além disso, você deve ser uma pessoa de algum status. Este homem é um impostor. Espero que você não esteja sendo enganada, ou vai acabar sem nada

Depois de dizer isso, Jane saiu às pressas, indo atrás de seu avô. 

Solange ficou sem palavras. “Como essa menina pode ser tão irracional?” 

– Chefe, quem é essa pessoa? Por que ela é assim? 

Durval respondeu, indiferente: 

– O velho é o Emanuel, e a garota é sua neta, Jane. 

Solange perguntou, confusa. 

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