Capitulo 81 

Flavia não esperou Thales, ela pegou um táxi sozinha para ir até a Casa de Duarte

O entardecer em São Siena estava nebuloso, todas as construções estavam embaçadas e invisíveis. 

Ao chegar, Flávia, carregando frutas que comprou por impulso na rua, entrou no lugar. 

De qualquer forma, não importava o que ela comprasse, Dona Duarte nunca aprovaria. 

A familia Duarte estava em festa hoje, o pátio e a entrada estavam cheios de carros. 

Reinaldo e sua ex–esposa têm uma filha, chamada Eliana Duarte, que casou cedo em um casamento arranjado, e ela, seu marido e seus dois filhos vieram visitar. 

Thales e Gabriela são irmãos, ambos filhos de Dona Duarte. 

Tinha também um filho mais novo, que Reinaldo trouxe de fora, dizem que sua mãe biológica morreu de embolia amniótica ao dar à luz, e então ele foi criado na família Duarte. 

Dona Duarte, que sempre cuidou dele, naturalmente não era tão dedicada ao filho de outro, que desde pequeno foi criado sem muitas responsabilidades ou educação. 

Assim que Flávia entrou, ela ouviu o barulho das crianças brincando. 

O som inocente de suas risadas, como agulhas finas, perfurava o coração de Flávia, causando uma dor sutil no peito. 

Ela estava segurando um guarda–chuva, parada no pátio, quando dois meninos comeram em sua direção, e um deles, de sete anos, bateu em suas pernas. 

Flávia tropeçou, quase caindo no chão. 

“A muda chegou!” 

“A muda chegou!” 

O menino círculava ao seu redor, gritando “muda” em voz alta, usando um tom inocente para expor a fenda alheia, sem entender que suas palavras poderiam ferir. 

Flávia não lhe deu atenção, passando pelo menino em direção à sala de estar 

O menino correu até ela tentando pegar as frutas que ela segurava, mas Flavia segurou firmemente a sacola, sem soltar. 

*Dá pra mim!” 

O menino, frustrado, olhou para Flávia com raiva, mas ela 

Carou calmarmente, sem ceder 

Assim que entrou na mansão, ela podia sentir a hostilidade no at, que também fazia crescer o ressentimento em seu coração. 

Ela segurava a sacola com firmeza, indecisa se o que bloqueara seu coração era dor ou rancor 

Por que eles podiam ser tão felizes? 

Só porque ela era muda, seus dois filhos morreram nas mãos dessa familia 

Porque ela era muda, ela era culpada, merecia um fim trágico. 

O menino, frustrado, puxava a sacola com força, chegando a chutar as pernias de Flávia 

Ela soltou a sacola, desviando do pé dele, e o menino, sem apoio, calu no chão, derrubando as frutas que se espalharam pela lama. 

O menino, machucado, sentouse no chão molhado, chorando alto. 

Seu choro trouxe as pessoas da sala de estar 

Eliana correu até ele, ajudando–o a se levantar batendo a lama de seu corpo. “Allan, você está bem?” 

Allan, chorando, apontou para Flávia, reclamando de sua injustiça. 

Todos olharam para Flávia, com olhares de censura, como se ela fosse uma criminosa imperdoável 

Ela apertou o guarda chuva com os nós dos dedos brancos. 

Gabriela, meio brincando, meio séria disse Flávia, você é adulta, como pode intimidar uma criança assim?” 

Elana, segurando sua raiva assumiu uma postura de irmã mais velha: “Eu ouvi o que aconteceu, uma criança não entende, mas 

você? Não deveria saber melhor do que brigar com uma criança” 

mais velha do que Flavia, com 35 anos, mas parecia ter apenas vinte e poucos anos de tão bem cadada 

cham do 

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