Capítulo 74 

Blanca hesitou um momento, Eu acabei de falar ao telefone com aquela que se diz ser minha melhor amiga.” 

Flavia ouvia em silêncio, a voz de Bianca estava rouca, sem a despreocupação e liberdade de antes, sem o orgulho indomável. 

restava amargura e desolação. 

Ela estava triste, não porque tinha causado a morte de tantas pessoas, mas também pela traição daqueles amigos de outrora. 

Ela tinha sua parcela de culpa sobre situação de Bianca agora. 

Blanca deu um sorriso amargo, “Ela me traiu, ViviPor quê isso aconteceu?” 

Ao final, Flavia pôde claramente perceber a voz embargada e o desespero de Bianca. 

Flavia sentiu um nó na garganta, as lágrimas começaram a encher seus olhos, ela segurava o celular firmemente, abriu a boca, mas não conseguiu emitir som algum. 

Depois de um longo tempo, a voz de Bianca voltou ao normal, ela disse: “Eu vou me entregar, você quer ver me pela última vez?” 

Se você vier, bate na tela. Se nãoé só desligar.” 

Ela não suportava mais essa tortura, preferindo viver na dor do que continuar causando sofrimento aos outros. 

Assim, ela não arrastaria mais pessoas para seu infortunio. 

Flavia segurava o celular, sem desligar, mas também sem tocar a tela. 

Bianca também era uma vítima, ela não merecia sofrer tanto. 

Apenas quando pessoas excessivamente bondosas cometem erros, não ficariam em paz. 

“O que você quer com isso?Bianca deu um sorriso amargo. 

Flavia levantou os dedos rígidos, depois de muito se debater interamente, finalmente tocou levemente a tela. 

Bianca finalmente sorriu, por um instante, seu sorriso era tão radiante quanto antes. 

Flavia desligou o celular e se levantou, correndo para fora da mansão. 

Quando Marisa saiu com Mint Tea, Flavia já havia sumido. 

Flavia pegou um táxi direto para a delegacia, temendo que se chegasse tarde, não veria mais Bianca. 

Ela viu a moto familiar do outro lado da rua da delegacia, Bianca ainda vestia suas roupas casuais, sentada na moto, fumando. 

Flavia pagou o táxi e correu em direção a Bianca. 

Chegando ofegante ao lado de Bianca, ela apagou o cigarro pela metade, olhando para Flavia com um sorriso zombeteiro. 

Essa Bianca parecia uma pessoa diferente pouco antes. 

Ela ainda tinha aquele ar despreocupado e alegre. 

“Você se arrumou toda para me ver?” Bianca brincou. 

Flavia olhou para baixo, para suas roupas, um suéter branco e calças da mesma cor, sua vestimenta mais comum. 

“Estou brincando.” Bianca apertou suas bochechas como sempre fazia, depois seu olhar caiu sobre o ventre de Flavia. 

Bianca levantou a mão e tocou seu ventre, “Ele está se comportando?” 

Flavia a encarou, sem palavras. 

Bianca não a repreendeu, ao invés disso, conversaram sobre coisas cotidianas, o que deixava Flavia ainda mais triste. 

Vendo o olhar expectante de Bianca, Flavia forçou um sorriso e acenou com a cabeça levemente. 

Ele era tranquilo, quando foi tirado, não fez barulho, não disse uma palavra. 

Blanca passou a mão para enxugar uma lágrima no canto do olho de Flavia, “Por que está chorando? Não é bom para o bebê chorar demais. Quando eu sair da prisão, ele já vai estar andando?” 

Flavia mordeu o lábio, as lágrimas fluindo mais livremente. 

A pessoa que ela mais amava havia the dado uma despedida de vida ou morte. 

Uma era a de seu filho

A outra, de sua melhor amiga

Todas inam deixá–la 

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