Capítulo 255

Num momento de pura adrenalina, Olivia jogou a bandeja para o lado e, num impulso, se jogou nos braços de Daniel. Seu rosto acabou, por um acaso do destino, prensando o dele.

A pele do homem era elástica e queimava numa temperatura intensa.

Em pânico, Olivia sentiu o calor do rosto dele e seu coração esquentou até parecer que ia pular do peito.

Toda atrapalhada, tentou se levantar: “Desculpa, não foi por querer.”

Ela agarrou o colarinho do terno dele como apoio para se levantar, mas seu pulso foi capturado por uma mão áspera e forte.

A mão dele, áspera e quente, prendeu o pulso de Olivia, como se ele tivesse agarrado o próprio coração dela, apertando até faltar o ar.

Olivia, sem saber o que fazer, tentava se soltar: “Senhor Griera, eu juro que foi sem querer.”

Daniel, com a outra mão, segurou firme a cintura dela e a puxou para sentar numa de suas pernas.

“Que poder, Sr. Daniel!” Carlos caçoou, com um sorriso cheio de malícia.

Rayan e Vicente se levantaram num pulo, sabendo que se Daniel se irritasse, seria tarde demais.

O olhar gelado de Daniel perfurou Carlos: “Parece que sua língua precisa de uma cirurgia.”

Carlos, assustado, apressou-se a sair do camarote junto com Rayan e Vicente: “Mal-entendido, sem ressentimentos, Sr. Daniel. Eu já estou indo, não disse nem vi nada.”

O grupo saiu apressado, levando suas companhias.

Carlos ainda voltou para fechar a porta com cuidado.

No grande camarote, restaram apenas Olivia e Daniel.

Ele ainda segurava seu pulso e sua cintura, com ela sentada em sua perna e presa em seus braços.

Ela podia sentir claramente o batimento cardíaco firme e potente dele.

Olivia ficou ainda mais assustada, seu coração disparado como grãos de milho em óleo quente.

“Senhor Griera, nós não temos nada um com o outro, isso não está certo,” disse Olivia, tentando se soltar, sem sucesso.

O olhar profundo e impositivo de Daniel a prendia: “Não temos nada? Acho que você esqueceu o que aconteceu há cinco anos. Vou te ajudar a lembrar…”

Enquanto falava, suas mãos começaram a provocar faíscas por onde passavam.

Onde tocavam, queimavam como fogo selvagem, deixando a pele de Olivia ardente e formigante.

Ela tremia de medo: “Senhor Griera, aquilo há cinco anos foi um acidente, não leve para o lado pessoal… Ah!”

Antes que pudesse terminar, sentiu um frio no ombro, a roupa deslocada e a mordida firme.

Ela gritou de dor.

Daniel, como um demônio sedento, cravou os dentes em seu ombro macio.

Olivia tremia de dor, tentando empurrá-lo, mas suas mãos estavam imobilizadas.

Ela implorou em pânico: “Senhor Griera, foi o Carlos que me tropeçou, eu não tive culpa.”

Daniel soltou seu ombro e sua língua passou pelo local mordido.

A sensação quente e úmida era como uma corrente elétrica percorrendo sua pele sensível.

Olivia não aguentava mais.

“Você parece não se lembrar do que eu disse na noite retrasada,” a respiração perigosa e quente de Daniel sussurrava em seu pescoço.

Como um predador pronto para atacar a qualquer momento.

Olivia congelou, sem se atrever a mexer.

Ela revirou a memória, lembrando da noite anterior.

Daniel a tinha mordido, advertindo-a de que, independentemente de quem estivesse em seu coração, seu corpo pertencia apenas a ele.

Ela, temendo que ele fosse à sua casa e descobrisse seus filhos, quis logo se livrar dele, concordando com o que ele dissesse.

Olivia, apavorada, disse: “Senhor Griera, eu não me esqueci…”

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